A Primeira Resolução Global da ONU Sobre Inteligência Artificial
A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou, unanimemente, a primeira resolução global sobre a Inteligência Artificial (IA).
Este é um passo marcante no governo global da tecnologia emergente, buscando promover um mundo mais seguro e igualitário.
Um Marco no Desenvolvimento da IA
A resolução foi proposta pelos Estados Unidos e co-patrocinada pela China e mais de 120 outras nações. O texto não vinculante foi aprovado por unanimidade, o que é considerado uma raridade, especialmente em um cenário de instabilidade geopolítica contínua.
A resolução é vista como o primeiro passo em direção à governança global da IA, enfatizando a necessidade de assegurar que a tecnologia de IA seja “segura e confiável”. Esta medida surge num momento em que os governos de todo o mundo estão trabalhando em iniciativas para moldar e regular os desenvolvimentos da IA.
Uma Nova Era para a IA
A IA tem o potencial de transformar muitos setores, incluindo saúde, educação, transporte e segurança. No entanto, também apresenta riscos significativos, que podem incluir interrupções nos processos democráticos, aumento de fraudes e perdas maciças de empregos.
A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, comentou que a decisão representa a escolha de “governar a inteligência artificial em vez de deixá-la nos governar”. Ela destacou que a aprovação unânime significa que todos os membros das Nações Unidas falaram “em uma única voz”.
O Papel da ONU na Governança da IA
A ONU desempenhará um papel crucial na governança da IA, pois o assunto é considerado “existencial”. Como tal, a resolução aprovada tem como objetivo ampliar os benefícios da IA e criar novas oportunidades. Além disso, o texto ressalta que ninguém deve usar a IA para prejudicar a paz ou reprimir os direitos humanos.
A Resolução e a Lacuna Digital
A resolução também aborda a necessidade de fechar a lacuna digital entre e dentro dos países para que todos possam se beneficiar da nova tecnologia. Há uma preocupação crescente de que, se deixada sem controle, a IA poderia aumentar ainda mais a desigualdade global.
Desafios e Oportunidades da IA
A IA apresenta uma série de desafios, mas também oferece um vasto leque de oportunidades. Por exemplo, a IA tem o potencial de detectar doenças e prever desastres naturais. Além disso, a IA pode ser usada para melhorar a eficiência e a eficácia de uma variedade de setores, desde a manufatura até a prestação de serviços públicos.
A Resolução e a Segurança Cibernética
Em novembro de 2023, os EUA, o Reino Unido e mais de uma dúzia de outros países assinaram um acordo internacional não vinculativo sobre como manter a inteligência artificial segura por design, para que não seja usada indevidamente por pessoas desonestas. Este acordo foi, em grande parte, do ponto de vista da segurança cibernética.
A Resolução e a Regulamentação da IA
A resolução também encoraja os governos a regulamentar a IA. A União Europeia, por exemplo, aprovou recentemente o primeiro conjunto de regras abrangentes de IA, que provavelmente entrará em vigor nos próximos meses. Outros países, como Índia e Japão, também fizeram esforços significativos e publicaram diretrizes de IA.
O Futuro da IA
A aprovação desta resolução marca um passo importante na jornada para a governança global da IA. No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito. É essencial que os governos, as empresas e as organizações da sociedade civil continuem a colaborar para garantir que a IA seja usada de maneira responsável e benéfica para todos.
Conclusão
A adoção desta resolução pela ONU é apenas o primeiro passo em uma jornada muito mais longa. No entanto, é um passo importante e necessário. Trata-se de um marco no desenvolvimento da IA e na tentativa de governar esta tecnologia emergente em benefício de todos. A IA tem o potencial de transformar o mundo, mas apenas se for governada de maneira eficaz e justa.